Documentos do século XI referem já a existência do Mosteiro de Fontarcada, de frades beneditinos consagrado ao Divino Salvador, que tinham como orientação fundamental a oração e o trabalho – Orat et Labora. A sua provável fundação é atribuída a D. Godinho Fafes, no ano de 1067, havendo também menção à atribuição de carta de couto a este mosteiro pela mão de D. Afonso Henriques. Sofrendo alterações ao longo dos séculos, foi reduzido a igreja e paróquia secular em maio de 1455 pelo Arcebispo de Braga, D. Fernando da Guerra.
A feição atual da igreja foi adquirida mais tarde, entre finais do século XIII e inícios do século XIV, uma vez que a igreja primitiva foi completamente remodelada (documento de 1257 refere a doação de 10 morabitinos para as obras que estavam a decorrer).
Relativamente à igreja, trata-se de um admirável exemplar da arquitetura românica regional, apresentando planta longitudinal, de nave única coberta a madeira e capela-mor redonda abobadada, de dois tramos e organizada em dois andares. No exterior, destaque para a sublime rosácea descrita como uma delicada flor de pedraria iluminante e o seu pórtico de três arquivoltas, apoiado em seis colunelos, capitéis decorados com motivos vegetalistas e ábacos salientes, tendo no seu tímpano a representação do agnus dei com a cruz.
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